"Abra os seus olhos..."
É o fim. Cruzando finalmente a linha que nos leva ao começo, ele evoca a morte. Seus olhos cinzentos, aqueles que um dia foram tão determinados e sonhadores, agora não vislumbram mais nada além das nuvens. Mas não é para os céus que ele quer olhar. A Terra, sim, o Mundo! Se não pode ter a sua atenção, é certo considerá-la egoísta por exigir o seu corpo? "Não importa. Já esperava por isso." Ele se jogou, como se mergulhasse na imensidão azul do mar... e voltou os olhos para o céu. Por quê? "Todos os pecadores são santos. Todos os pecados foram subjugados. O concreto, duro e frio, ah, o desprezível concreto será o meu juíz. E o meu carrasco." Mas, por quê? "O Mundo estava moribundo e morreu. Os Homens, porém, se renderam à vida. Eles venderam as almas em troca de uma falsa esperança. O Mundo morreu e levou consigo a verdadeira esperança. Todos os sonhos. É melhor viver por nada ou morrer por alguma coisa? Eu escolho o recomeço. Eu anuncio o fim. Eu ainda acredito que o Mundo possa ser salvo!"
Seus perseguidores o observavam do alto, ofegantes. Um deles, ao olhar de repente para o céu, chamou a atenção de seus companheiros:
- Vejam! Aquilo... o que é aquilo?!
Parecia uma estrela cadente, mas aquela linha que cruzava a abóbada celeste era apenas um marco... a linha tênue entre o princípio e o fim. Com um leve sorriso no rosto, ele finalmente fecha os seus olhos, e ao rolar da última lágrima, encontra o chão.
Não muito longe dali, dois olhos cinzentos se abrem mais uma vez.
- Continua!
Mail by Bruno Felix Amaral is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Brasil License.
Seus perseguidores o observavam do alto, ofegantes. Um deles, ao olhar de repente para o céu, chamou a atenção de seus companheiros:
- Vejam! Aquilo... o que é aquilo?!
Parecia uma estrela cadente, mas aquela linha que cruzava a abóbada celeste era apenas um marco... a linha tênue entre o princípio e o fim. Com um leve sorriso no rosto, ele finalmente fecha os seus olhos, e ao rolar da última lágrima, encontra o chão.
Não muito longe dali, dois olhos cinzentos se abrem mais uma vez.
- Continua!
Mail by Bruno Felix Amaral is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Brasil License.